27ª Reunião Anual da ANPEd - Relatório de atividades no evento - GT 12 - Currículo

 I - Identificação:

 · Nome do GT - Currículo
 · Nº 12
 · Coordenador: Inês Barbosa de Oliveira (UERJ),

Vice –coordenador: Antônio Carlos Amorim (UNICAMP)


 II - Caracterização

·       Nº de Membros no GT em 2004: 112 participantes

·       Regularidade da Participação dos Membros: 40% deste total (45 membros) estiveram os três dias no GT , 30% (34 membros) compareceu uma só vez e os 30% (33 membros) restantes estiveram dois dias no GT

  • Instituições representadas no GT/GE: UERJ, UFES, SEMED (Belfort Roxo, RJ), SME/RJ, UNIPLAC, CPII, UFU, PUC-MG, ISEAT, PUC-PR,UNISO, UFRGS, ULBRA, UNESA, UNICAMP, UFMS, UCB, SEDU/ES, SEME/ES, SEE/RJ, UFF, UNINCOR, UNIJUÍ, CEFET/PE, UBC, UPS-Q, PUC/SP, UNISANTOS, PUC/RJ, UFMT, PUC-CAMP/SP, UEMG, UFPA, UFMG, UFSC, UNESP, UFRN, UFRJ, UNIRIO, CEFET/JAN, UNIVALE, UNINCOR, CUML

 III - Organização do Trabalho do GT

 · Organização e participação nas sessões de apresentação de trabalhos

 Foram programadas 5 sessões de apresentação de trabalhos. Inicialmente teríamos 11 trabalhos a serem apresentados (dos 13 que o GT recebeu para seleção). Teríamos, assim, 4 sessões de 2 horas com 2 trabalhos em cada e 1 sessão de 3 horas com a apresentação de três trabalhos. Diante de uma desistência, reduzimos a sessão de apresentação de trabalho de 3 para duas horas, aumentando de uma para duas horas a sessão de avaliação.

 · Organização e participação nos pôsteres (processo de seleção)

 Dos 6 pôsteres apresentados ao GT, 3 foram aprovados para apresentação. Foi programada a apresentação dos mesmos na sessão prevista.

 · Organização e participação nos trabalhos encomendados

 O GT programou uma sessão de 4 horas para apresentação de TE com a presença de um debatedor.

 · Organização e participação nos minicursos

 O GT recebeu duas propostas de minicurso que foram ambas aprovadas e os minicursos foram realizados, ambos com “turmas” completas.

 · Organização e participação nas sessões especiais

O GT apoiou, com indicação de componentes, duas sessões especiais, uma coordenada pelos GT 06 e pelo GE 23, da qual participou a Professora Nilda Alves e outra coordenada pelo GT 09, da qual participou a Professora Nereide Saviani. Além disso, o GT foi responsável pela coordenação de uma sessão especial, da qual participaram o Professor Alfredo Veiga-Neto e o Professor, convidado pelo GT, Paulo Vaz (UFRJ). As sessões foram realizadas em auditórios com presença maciça de participantes da RA e os debates proporcionados foram interessantes e enriquecedores.


 IV - Relação  entre o Programado e o Realizado na 27ª RA

 Conforme o previsto, a sessão da manhã de 2ª feira, entre 8h30min e 12h30min foi realizada com a apresentação da nova coordenação, que desejou boas vindas a todos, esclareceu algumas mudanças na programação do dia, convocando os colegas para participação no debate em torno das questões de políticas curriculares que ocorreria no último horário da tarde e iniciou os trabalhos. Presidida pela coordenadora, a sessão constou de apresentação pelo Professor Carlos Eduardo Ferraço (UFES) do trabalho a ele encomendado e foi sucedida pelos comentários do debatedor, Professor Roberto Conduru (UERJ). Após o intervalo, foi realizado o debate com a participação da platéia

Foi proposto, ainda, pela coordenadora, que os autores de pôsteres os trouxessem para exposição na sala de atividades do GT e que o Gt se dispussesse a promover uma discussão dos conteúdos dos mesmos na 4ª feira pela manhã, o que foi prontamente apoiado pelos membros do GT. A sessão foi encerrada às 12:30.

Na parte da tarde, a previsão era de realização de duas sessões de apresentação de trabalhos. Na primeira, entre 14h e 16h, também conforme o previsto, a mesa coordenada pela Professora Regina Cunha (UFRJ) contou com a apresentação dos trabalhos Currículo Carcerário: práticas educativas na prisão de Haroldo Rezende (UFU) A noção de competência enquanto princípio de organização curricular: algumas considerações de Thaís Almeida Costa (PUC Minas) e o debate que sucedeu a apresentação dos trabalhos foi interessante e contou com uma boa participação dos presentes. A segunda sessão, de 16:00 às 18:00, em virtude da ausência, devidamente comunicada ao GT pela autora (Paola Basso Mena Barreto Gomes), de um dos trabalhos inicialmente previsto para apresentação, foi dividida em dois blocos de uma hora. O primeiro bloco contou com a apresentação do trabalho Historicizando o tempo: cognição, tecnologia e currículo de Monique Franco (UERJ) e foi coordenada pela Professora Marlucy Paraíso (UFMG). Como de hábito, à apresentação do trabalho seguiu-se o debate. Depois, o tempo restante, entre 17 e 18 horas foi usado para a realização do debate e em torno das políticas curriculares atuais no sentido da preparação de um documento a ser apresentado pelo GT à Assembléia Geral, sob forma de moção a ser encaminhada às instâncias competentes.  De um documento inicial partiu-se para a discussão e ficou decidido que a forma final seria apresentada ao GT na 3ª feira pela manhã, de modo a viabilizar seu encaminhamento à assembléia.

Encerrada a sessão de apresentação de trabalhos, os membros do GT inscritos nos dois minicursos aprovados começaram suas atividades.

Na 3ª feira pela manhã, sempre de acordo com a lógica de funcionamento do GT, houve duas sessões de apresentação de trabalhos. A primeira sessão, entre 8h:30min e 10h30min foicoordenada pela Professora Eurize Pessanha (UFMS) e contou com a apresentação e discussão dos trabalhos A apropriação do conhecimento em sala de aula: relações com o currículo numa escola pública  do ensino fundamental de Marlice de Oliveira e Nogueira (PUC Minas)  e  Currículo como cultura da escola: desenhos dos ordenamentos temporal e espacial da escola inclusiva  de Fabiany de Cássia Tavares  (UFMS). Todos os presentes foram unânimes em apontar a alta qualidade dos trabalhos e do debate.

Em seguida, após o intervalo, a 2ª sessão da manhã, entre 10h30min e 12h30min contou com a apresentação dos trabalhos de Alexandra Garcia (UERJ) Currículos Praticados: as identidades diatópicas na produção da cultura cotidiana das escolas e de Paulo Sgarbi (UERJ) Uma reflexão sobre currículo a partir de uma epistemologia do cotidiano. A sessão foi coordenada pela Professora Joanir Gomes de Azevedo (UFF). A sessão foi acompanhada por colegas de outros GTs, membros da atual diretoria da ANPEd e o debate, além de interessante, foi pontuado por um clima de extrema cordialidade e informalidade.

Ao final da sessão, conforme o previsto,  a moção sobre Políticas Curriculares foi aprovada pelo GT e encaminhada, pela coordenadora, à Secretaria da ANPEd para inclusão na pauta da assembléia.

No período da tarde, o GT esteve representado na sessão especial coordenada pelo GT de Educação Popular e pelo GE de Educação Ambiental, “Epistemologia, alteridade e cotidiano escolar” pela Professora Nilda Alves. A sessão foi bastante prestigiada por muitos dos colegas do GT. O horário de 17:00 hs `as 18:00 horas, reservado para a apresentação dos pôsteres, foi usado não apenas para a apreciação dos dois pôsteres do GT - uma das pessoas cujo pôster estava aprovado não pôde comparecer à reunião por motivo de doença, e comunicou-o à coordenação por telefone – mas também para o desenvolvimento de intercâmbio com colegas de outros GTs e apreciação dos pôsteres em geral. Como na véspera, a partir das 18 horas os inscritos nos minicursos, bem como seus ministrantes, partiram para a atividade.

Na 4ª feira pela manhã, entre 8:30 hs e 10:30 hs, foi realizada a última sessão de apresentação de trabalhos. Devido à ausência, por motivos pessoais e também comunicada com antecedência à coordenação, da Professora Ana Canen, que deveria coordenar a sessão, o vice-coordenador, Professor Antônio Carlos Amorim assumiu a tarefa, a pedido da coordenadora. Foram apresentados e discutidos os trabalhos de Débora Raquel Alves Barreiros (UERJ) e Rita de Cássia Frangella (UERJ): O Currículo Multieducação numa leitura pós-colonial: a identidade, o corpo e a sexualidade como entre-lugar no portal multiRio e o de Elizabeth Macedo (UERJ) Currículo como espaço-tempo de fronteira cultural. O debate, mais uma vez, foi muito proveitoso. Após o intervalo, a última sessão do GT foi de avaliação. O acordo inicialmente feito, de discussão dos pôsteres foi repensado coletivamente e o grupo concordou em não fazê-la para garantir o tempo para a avaliação.

Na parte da tarde, o GT coordenava uma Mesa Redonda, “Michel Foucault: obra e apropriações na educação”, que contou com a participação dos Professores Paulo Vaz (UFRJ) e Alfredo Veiga-Neto (UFRGS). O auditório estava praticamente lotado e as intervenções foram bastante elucidativas e aplaudidas por todos.  Como não poderia deixar de ser, o debate que se seguiu foi rico em questões e novas aberturas para se pensar a temática. Devido ao interesse de todos, a sessão se encerrou um pouco depois do horário previsto, às 16:15 hs.

 Avaliação das atividades

A reunião da avaliação começou com os agradecimentos da coordenação à participação de todos, com um agradecimento particular e especial ao vice-coordenador pelo modo como formou equipe, o que tem viabilizado um trbalho efetivamente em parceria. A coordenação esclareceu a importância dos contatos por e-mail para o funcionamento do GT entre as reuniões anuais, para a divulgação de participação dos colegas, representando ou não o GT, em atividades diversas relacionadas ao campo e às pesquisas, anunciou também a revitalização da HP do GT. Informou os presentes sobre a aprovação da moção no GT na assembléia. Depois dos informes passou-se ao debate a respsito das vias para se assegurar um incremento da participação de colegas do GT na submissão de pôsteres e trabalhos ao GT. Abordou-se o fato de que, em anos de ENDIPE há uma queda natural no número de trabalhos e que a realização, no Rio de Janeiro, do Colóquio Luso-Brasileiro de Currículo também pode ter contribuído para a redução constatada. Levantou-se, ainda, o fato de que há uma curva descendente em andamento, que poderia estar significando um progressivo esvaziamento do GT. Para combatê-lo, comprometeram-se alguns membros a difundir o fato do GT ter procurado, historicamente, manter espaços plurais, epistemológica, política, temática e metodologicamente de discussão, com a indicação de pareceristas e membros do Comitê Científico sempre com esta preocupação. Seguiu-se a esse debate o informe da Professora Nereide Saviani  a respeito da Reunião do comitê científico. A maior parte dos problemas enfrentados pelo comitê não tinham relação com nossos pareceres. A discussão proposta pelo Comitê, e que se seguiu ao informe, a respeito da redefinição das sub-áreas apontou que, para os membros do GT a sub-área atual é adequada, mas que há problemas de identidade no Gt de Formação de Professores e Didática e que, em virtude desses GTs receberem tradicionalmente muitos trabalhos, um representante do nosso GT acaba sendo chamado como suplente para o Comitê Científico.

Depois a coordenadora começou o relato da reunião de coordenadores, abordando a discussão realizada em torno dos colóquios ANPEd/CLACSO, suas motivações iniciais, os motivos de sua permanência, a possibilidade de participação de outras instituições em colóquios na ANPEd. Nilda Alves lembrou a todos que a parceria ANPEd/CLACSO começou como uma proposta da diretoria na gestão da Professora Maria Malta para cobrir o vazio deixado pelo “fechamento” do GT que discutiria os problemas comuns da educação na América Latina. Foi no sentido de manter acesa a chama dessa importante discussão que os colóquios começaram. Esclareceu, ainda, que a CLACSO sempre financiou seus convidados e, por vezes, mesmo os da ANPEd e que o problema, portanto, não seria a CLACSO, mas sim as instituições que a ela se anexam sem terem o direito de fazê-lo, em virtude de duplicidade de pertencimento de alguns membros.

Depois desse debate, percebeu-se que era preciso avaliar e planejar o GT e que teríamos, portanto, que encerrar o informe, o que foi feito imediatamente.

Na avaliação das atividades ressaltou-se a boa qualidade dos trabalhos apresentados e das discussões, além do bom clima de trabalho no GT ao longo de toda a reunião, o bom humor e a leveza que predominaram no GT. Foi questionado o dia da assembléia, pois todos entendem que esta deveria ser depois de todo o evento.