| English | | Português |

Apresentação
Comissões e Apoio
Palestrantes
Convidados
Programação
Inscrições
Apresentação de Trabalhos
Acomodação
e Transporte
Como Chegar
Contato
Link para o I SIEE

Convidados

MARCO ANTONIO DA SILVA RAMOS

Marco Antonio da Silva Ramos possui graduação em Música (Composição) pela Universidade de São Paulo; mestrado em Artes pela Escola de Comunicações e Artes, doutorado em Artes pela ECA-USP e Livre-docência (ECA-USP). Atualmente é professor associado da Universidade de São Paulo. Tem atuado como professor convidado em cursos e workshops no Brasil e exterior (Hungria, EUA, Portugal, Espanha, Colômbia, Argentina). Como regente coral apresentou-se em diversos Estados brasileiros e internacionalmente (Argentina, Colômbia, Hungria, Portugal, Espanha, Áustria, EUA). Fundou e dirigiu os coros: Coral do Museu Lasar Segall, Studio Coral-vozes femininas, Madrigal do Depto de Música da ECA-USP. Atualmente é regente titular do Coral da ECA-USP e do Studio Coral.


Ver sem olhar, cantar com o fluxo: a regência como contato com o outro.

Resumo
No ensino da regência coral, a experiência com uma estudante com deficiência visual total congênita levou à reflexão, que será apresentada neste ensaio, sobre o contato, mais do que a comunicação, que se estabelece entre regente e regido. Neste contato, acontece a criação de um fluxo no tempo, que carrega certa carga de energia.

O uso, o gerenciamento, o represamento do fluxo para geração de tal energia são prerrogativas do discurso do artista. O modo de ensinar, o retorno da estudante não vidente, as implicações na atividade pedagógica, são o discurso do professor. Assim, por um lado, o artista-professor, ao desvelar sua atividade artística, e por outro o depoimento da estudante entrecruzado com o depoimento do professor, costuram um discurso que, neste caso, fez-se consciente no processo de um curso de Regência Coral, mas poderia ter se passado em qualquer sala de aula, de qualquer professor de arte.

Abstract
Teaching choral conducting to a student suffering from complete, congenital blindness has led to the reflection, which will be presented in this essay, about the contact - more so than the communication - that happens between the conductor and the conducted. During that contact, the creation of a flow in time occurs, in which carries a certain amount of energy.

The usage, the management, and the impoundment of the flow, seeking to generate that energy, are prerogatives of the artist’s discourse. The teaching method, the handicapped student’s response, and the implications in the pedagogical activity are the professor’s discourse. That way, on one side, as the artist-professor unveils his artistic activity, and on the other side, the student’s testimonial, decussated with the professor’s testimonial, form a discourse that, in this case, happened during a choral conducting course, but that could have happened in any classroom, with any art teacher.