Cristiane Perol da Silva

INCLUSÃO E DIFERENÇAS:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GESTORES E PROFESSORES
NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Orientador: Heloísa Andréia de Matos Lins
Data de conclusão: 2013

Resumo: Esta pesquisa investigou as representações de alguns gestores e professores a respeito da inclusão e das diferenças no âmbito da educação infantil, em creches de um município próximo à Região Metropolitana de Campinas/SP. As representações sociais foram observadas a partir da Psicologia Social, especificamente da Teoria de Representações Sociais. O trabalho foi realizado através de uma abordagem qualitativa de tipo estudo de caso coletivo (STAKE, 1995 apud ANDRÉ, 2005). Duas rodadas de entrevistas foram realizadas com quatro diretores e seis coordenadores pedagógicos atuantes nos centros infantis do município investigado. A primeira rodada foi realizada a partir de um roteiro pré-elaborado e a segunda através de um roteiro que utilizou imagens, recortes de notícias publicadas na Internet e vídeos. Participaram também do estudo quatro professores de educação infantil, a psicóloga da rede municipal de educação e cinco representantes da família de crianças de uma das creches visitadas, através de dois encontros específicos entre os sujeitos mencionados, que foram observados no decorrer da coleta de dados. Após esse processo, as entrevistas foram transcritas e as mais significativas foram organizadas em protocolos. As reuniões observadas foram registradas em diário de campo. Através de um processo de aglutinação das categorias próximas (VIANNA, 2010, p. 167), os dados foram então rearranjados, formando quatro núcleos de significação: concepção de diferença, concepções de infância, inclusão/exclusão na escola e papel dos profissionais da escola. A análise de dados foi realizada a partir da relação entre os quatro núcleos de significação obtidos e da fundamentação teórica. Como resultado, as falas dos sujeitos indicaram que as representações sobre inclusão e diferença são marcadas pela ideia que se tem de normalidade. Além disso, a diferença é concebida, geralmente, a partir de marcas físico-biológicas, sensoriais, afetivo-sexuais e/ou econômico-sociais. Há uma tendência de “hierarquizar” as diferenças por parte dos sujeitos, que consideram mais fácil lidar com algumas das marcas destacadas do que com outras, o que faz com que algumas delas se desdobrem mais claramente em desigualdade. Diante dos resultados obtidos, os espaços de formação que se tem na escola, se configuram como possíveis meios para fomentar reflexões sobre as representações sociais que os educadores carregam e a forma como elas interferem em sua prática diária.
Palavras-chave:
representações sociais; educação infantil; diferenças; inclusão/ exclusão; psicologia social.

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