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Eu fiz…

Porque também sou a carne que diz sim

Porque  um sussurro alheio e familiar me induziu

Porque o Absoluto se relativizou em mim

Porque fertilizei o Nada com minha esterilidade.

Eu fiz…

Pelo furor que a sensatez conteve

Pelo tempo que o relógio fraudou

Pelo coito que o amor embeveceu

Pela Vida que a Morte domesticou.

Eu fiz…

Em razão do desatino

Em virtude dos meus defeitos

Em prol do contrário

Em justiça aos malfeitores.

Eu fiz…

Para ser o corpo estranho expelido do organismo social

Para obter a linguagem do que não se pode ser dito

Para sentir a letargia plena do agora

Para encontrar Deus nos meus porões.

Palavras-chaves: poema, poesia

Publicado originalmente no blog: https://poetacheiodeversosefuria.blogspot.com/

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Herivelton Zanotto, é servidor da FE/Unicamp

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