Sistema de Submissão de Trabalhos, X SEMINÁRIO NACIONAL DO HISTEDBR: “30 ANOS DO HISTEDBR (1986-2016): CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA ED

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FORMAÇÃO E EMPREGO DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA NO BRASIL
Liliane Bordignon

Última alteração: 2016-05-30

Resumo


Neste artigo apresentamos uma análise da relação entre formação profissional, emprego e rendimento dos trabalhadores no Brasil, a partir de dados extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada entre os anos de 2011-2014. A análise está dividida em duas partes: 1) apresentação de notas sobre a qualificação para o trabalho no desenvolvimento do capitalismo, com o objetivo de expor raízes sócio históricas desta prática social, constituindo assim a base de interpretação das estatísticas; e 2) análise da relação entre escolarização, emprego e rendimento nas estatísticas da PNAD 2011-2014, procurando observar como os dados revelam características reais desta complexa relação. A PNAD 2011-2014 demonstra que mesmo os trabalhadores ocupados, que possuem mais anos de estudos que a maioria da População Economicamente Ativa, percebem de ½ a 2 salários mínimos. As mulheres são mais escolarizadas e ainda assim compõem a menor parte da população ocupada e percebem menores rendimentos que os homens. Parcela significativa de trabalhadores possuidores de diplomas de nível técnico ou superior parecem estar submetidos a condições de trabalho extenuantes, considerando as necessidades mínimas de alimentação, moradia e educação e os salários recebidos. Ainda assim, é preciso reconhecer que no Brasil ocorreu um aumento da população ocupada e dos anos de estudo dos trabalhadores em geral, no período analisado, não obstante as intensas mudanças na organização do trabalho. No entanto, o aumento da escolarização não tem significado elevação do rendimento dos trabalhadores e melhores condições de trabalho.


Palavras-chave


educação profissional; trabalho e População Economicamente Ativa.

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