Sistema de Submissão de Trabalhos, X SEMINÁRIO NACIONAL DO HISTEDBR: “30 ANOS DO HISTEDBR (1986-2016): CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA ED

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O APROFUNDAMENTO DA CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL (2008) E OS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS: APONTAMENTOS PARA UM PROJETO DE PESQUISA A RESPEITO DAS RELAÇÕES ENTRE MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
PAULO EDYR BUENO CAMARGO, JOSÉ BARRETO SANTOS

Última alteração: 2016-07-05

Resumo


O objetivo do texto é discutir em linhas gerais as relações entre o aprofundamento da crise estrutural do capital, a partir de 2008, com a crise imobiliária americana e o surgimento de novos movimentos sociais ao redor do mundo. A intenção é traçar um panorama desses movimentos com o objetivo de compreender especificamente os novos movimentos sociais brasileiros. Chama a atenção, em princípio, tanto em nível internacional quanto nacional a sua organização mais horizontal, mais democrática, a convocação dos participantes feita pelas redes sociais, a desvinculação de partidos políticos ou sindicatos e, sobretudo, a sua inspiração mais nos ideais anarquistas do que os da esquerda tradicional.  Refiro-me ao Movimento dos Indignados na Espanha, o Occupy Wall Street em New York, coração do capitalismo mundial, a Juventude À Rasca em Portugal, a Primavera Árabe e os protestos nos subúrbios de Londres. São movimentos polissêmicos, uns marcados pela busca da democracia e outros com vistas a igualdade real e substantiva. No caso do Brasil, as chamadas Jornadas de Junho de 2013 estão inseridas nesse movimento mundial de rebeliões. Pode-se afirmar que a letargia acabou. O Brasil entrou numa nova fase da luta de classes. O referencial teórico adotado é o marxismo, sobretudo, o conceito de história como luta de classes com interesses antagônicos porque, ao lado dos movimentos progressistas e emancipatórias listados, convivem movimentos políticos que atuam no sentido contrário e que almejam, por exemplo, a redução da maioridade penal, a medicalização da juventude, o controle dos meios de comunicação - constituidores de uma verdadeira guinada conservadora no Brasil. Trata-se das primeiras aproximações de um projeto de pesquisa que discutirá as relações entre os novos movimentos sociais e a educação.


Palavras-chave


Crise do capital; Novos Movimentos Sociais; Educação

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