Última alteração: 2016-06-09
Resumo
RESUMO
Este artigo resulta do estudo apresentado em forma de dissertação, a respeito da Prova Brasil como instrumento de regulação e seu papel como eixo norteador em relação ao poder indutor do Estado. Como objetivo, procura evidenciar as principais propostas e programas educacionais “ofertados”, pelo governo federal. Em tese, verifica-se que esses programas, como a aplicação da Prova a Brasil, estão desvinculados da realidade em que se encontra a educação pública, pois tendem em grande medida apenas a elevar os dados do IDEB. Este estudo aponta ainda, que a metodologia empregada para a aplicação da avaliação externa, designada por Prova Brasil, consiste apenas em aplicar conteúdos homogêneos para todo o país. Não se considera os aspectos regionais e nem a realidade de cada lugar, uma vez que o Brasil, dada a sua dimensão excepcional, apresenta singularidade em relação à disposição de seu território. Fato que se apresenta de forma contundente nas escolas e, que ao longo do processo de aplicação, não se observa este caráter e nem as condições materiais em que ocorrem os processos educativos. Observar-se que no interior da escola prevalece o controle e a regulação das notas obtidas na Prova Brasil e das metas estabelecidas pelo Governo Federal, o que instiga a competitividade entre escolas, de modo que estas se tornam responsáveis pelo baixo desempenho que podem vir a ter. À luz do método materialismo histórico-dialético, foi possível interpretar e observar os interesses subjacentes em relação às estratégias adotadas pelos governos para promover o aumento do desempenho dos alunos em escolas públicas.