Sistema de Submissão de Trabalhos, X SEMINÁRIO NACIONAL DO HISTEDBR: “30 ANOS DO HISTEDBR (1986-2016): CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA ED

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NOVOS FIOS DO NOVELO: uma análise da política educacional para a infância negra no ocaso do Império e Início da República (1871-1910)
Alexandre Ribeiro Neto

Última alteração: 2016-06-21

Resumo


O processo de escolarização de crianças negras apresenta fios que emergem de diferentes lugares. Recuperar esse tecido não é tarefa fácil. Para fazê-lo, usamos como fio condutor, o romance Capitães de Areia de Jorge Amado. Comparamos, o processo de escolarização proposto para os meninos pobres na Bahia, com a proposta educativa dos meninos pobres do vale do Paraíba Fluminense. Para ler esses documentos, utilizaremos como suporte teórico metodológico, as reflexões de Elias e Scotson (2000), propondo que, tanto as cartas de Maria Ricardina, do padre José Pedro e do Diretor do Reformatório apresentam a luta entre Estabelecidos e Outsiders. Ao contrário das matérias publicadas no jornal O Vassourense, que podem ser interpretadas como fofocas de elogios, que reforçam a comunhão dos virtuosos. Dialogaremos, com outros outros autores da História da Educação, tais como: Schueler (2000) que analisa a proposta educativa da Associação Protetora para Infância Desamparada, que resultou na criação do Asilo de Santa Isabel em Valença e também Ribeiro Neto (2013) que estuda a criação do Educandário Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Paraíba do Sul, no mesmo período e na mesma região, destinado a acolher e educar meninas pobres, ampliando a rede de assistência a infância desvalida. Para analiar a política educativa de Vassouras, no ocaso do Império e início da República, temos que ampliar a nossa lente e olhar ao redor, percebendo o jogo de relações existente entre as cidades da região. Dessa forma podemos compreender a História da Educação e ver a beleza do tecido.

Palavras-chave


Crianças Negras, Política Educacional, Vassouras.

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