Sistema de Submissão de Trabalhos, X SEMINÁRIO NACIONAL DO HISTEDBR: “30 ANOS DO HISTEDBR (1986-2016): CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA ED

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INDÍCIOS E TRAMAS DE UM ARQUIVO PESSOAL: ODILON ALVES PEDROSA E A CIRCULAÇÃO DA MILITÂNCIA CATÓLICA NO UNIVERSO INSTRUCIONAL LUSO-BRASILEIRO (1926-1927).
Ramsés Nunes e Silva

Última alteração: 2016-07-06

Resumo


O chamado "bom combate", a que faz alusão Odilon Alves Pedrosa, intelectual e religioso pernambucano, formado na Pia Universidade Gregoriana em Roma, remete a um estado de espírito ou certa tentativa de recatolicização da sociedade brasileira. Quando não, a uma postura combativa imantada àquela geração de estudantes da qual fazia parte. Geração, enviada a Europa em missão, por ocasião de uma ofensiva construída pelos Bispos que assinaram no Brasil, diversas cartas pastorais, a partir de 1890. Cartas que, invariavelmente, propunham a resistência católica a toda e qualquer, assim chamada, disfunção instrucional que pudesse ameaçar o ethos católico, nas mais diversas instâncias. Nossa pesquisa, fruto de uma investigação de pós-doutoramento, junto a Universidade do Minho, realizada no ano de 2015, se lança a descortinar a trajetória de um intelectual brasileiro que teve seu cabedal de referências intelectuais, cimentados a partir de leituras dos clássicos da literatura militante portuguesa. A investigação, lançada sobre sua biblioteca particular, seus diários de viagem e documentos manuscritos, de variada tipologia, proporcionou a possibilidade de descortinar sua trajetória enquanto estudante seminarista em Olinda, correspondente militante em Roma, e finalmente doutor em direito canônico, a atuar como professor em Nazaré da Mata (PE), Campina Grande e João Pessoa(PB). Ao mesmo tempo, nossas inquirições se debruçam sobre pautas combativas, em que imergiu Odilon Alves, instigadas desde a Itália, e na visita realizada a Portugal em 1927, quando da leitura, e fundamentação ultramontana, em língua portuguesa. Ponto nevrálgico na circulação de modelos instrucionais e também na construção de leituras do catolicismo, e da instrução confessional, a serem defendidas e vivenciadas em Pernambuco e na Paraíba dos anos 1920 e 1930. Aspectos identificáveis na massa documental investigada. Sua trajetória de militância, como jornalista, educador e padre, junto a diversos periódicos católicos, em ambos os estados, durante os anos 1920 e 1930, repercutiria como uma das principais ações intelectuais a proporem uma instrução católica que pudesse adequar-se pelo combate, às novas demandas modernizantes. Parte significativas delas, advindas das reformas republicanas, do avanço do protestantismo e de modelos não católicos de instrução.

Palavras-chave


ARQUIVO PESSOAL, MILITÂNCIA, INSTRUÇÃO CONFESSIONAL

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