Anna Marie Holm é artista plástica e professora dinamarquesa. Trabalha com desenho, fotografia, instalações e com integração de técnicas. Ganhadora de prêmios como o Helsinki 1990, Moscow 1997, New York 2000 e o Literature-grant nos anos de 2004, 2005, 2007, 2008, 2009. Teve exposições em diversos países do mundo como Dinamarca, Hungria, Turquia, Eslovênia e Brasil. Tem várias publicações sobre arte para crianças da primeira infância, dentre eles o “Baby Art” e “Fazer e Pensar Arte” publicados no Brasil, pelo Museu de arte moderna de São Paulo, 2005). Como professora, tem ampla experiência no campo da arte do ensino infantil à universidade. É membro do Danish Association of Visual Artists (BKF) e do Danish Authors Society (DFF)

Artistic life outdoor with little children.

Abstract
The way that a little child approaches the world is artistic when we perceive it as a natural curiosity. It is everyday events that matter. They do something to us. That’s why we must always have the possibility of going out into these mobile experimental labs. Strange things can happen here. Children quickly feel secure in this unpredictability. The important thing is feeling secure with an adult. Then their spontaneity shines through. It becomes a valuable way of experiencing and learning. With their sensitivity children are naturally capable of being in an undefined field. With art, an unexpected sensory experience takes place. Dealing with the unexpected. It can have form as well as non-form. Maybe it’s just there. It’s more about a way of approaching the world. But we have a sense of something above us, around us, next to us, that gives a sense of purpose, because we are together. In the artistic field there is room for everyone. It has to be spontaneous. We can’t plan it. We just have to ready for it. It appears suddenly without warning…….!!

Vida artística ao ar livre com crianças pequenas

Resumo
A maneira como a criança pequena se relaciona com o mundo é artística, se percebemos este relacionamento como uma curiosidade natural. O que importa são os eventos cotidianos. Eles mobilizam algo em nós. Esta é a razão pela qual nós precisamos sempre da possibilidade de sairmos dos espaços fechados e criarmos laboratórios experimentais ao ar livre. Coisas estranhas podem, então, acontecer. As crianças rapidamente sentem-se seguras no imprevisível. Quando sentem-se seguras junto com um adulto, a espontaneidade delas brilha e torna-se uma forma valiosa de experimentar e aprender. A sensibilidade das crianças permite que elas se relacionem com naturalidade num campo indefinido. Com a arte uma experiência inesperada acontece. Lidamos com o inesperado, que tanto pode ter uma forma, como uma não forma e que, talvez, aconteça apenas naquele lugar. É uma maneira de aproximarmo-nos do mundo. Temos, então, a sensação de que algo acima de nós, em volta de nós, perto de nós, nos proporciona um sentimento de termos um propósito, porque estamos juntos. No campo artístico há espaço para todos. Tem que ser espontâneo. Não podemos planejar. Temos apenas que estar prontos. Acontece de repente, sem aviso…..!!