Palestrante

Roberto Carvalho de Magalhães

Florença - Itália

Nascido em São Paulo, em 19/5/1958.

Reside em Florença (Itália) desde 1984.

Formação:

  • 1977-1984, Bacharelado em Letras, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Português, Francês e Grego Clássico);
  • 1984-1986, Mestrado em Crítica de Arte, Museologia e Metodologia da Conservação e da Restauração na Università Internazionale dell'Arte di Firenze (Itália).
  • 1986-1987, Bolsa de Estudos da U.I.A.- Cassa di Risparmio di Firenze para uma pesquisa sobre a crítica de arte na Itália na primeira metade do século XX e o método crítico de Matteo Marangoni ("Il Saper vedere di Matteo Marangoni - contributo alla critica dello stile");
  • 1988-1989, Bolsa de Estudos U.I.A.-Cassa de Risparmio di Firenze para uma pesquisa sobre comunicação e a estrutura das exposições permanentes nos museus ("Museo: istanza pedagogica dell'arte");
  • 1990, Fundos da Università Internazionale dell'Arte para a transcrição e a organização das aulas sobre Mètodo crítico e História da Arte de Carlo L. Ragghianti, de 1984 a 1986;
  • 2000, Fundos do CNR-Centro Nazionale delle Ricerche (Centro Nacional de Pesquisas da Itália) para estudar o funcionamento e o enfoque pedagógico dos museus de Filadelfia, EUA (relatório inédito: "La vocazione pedagogica dei musei di Filadelfia").

Experiência Profissional:

  • Docente de Museologia da Università Internazionale dell'Arte di Firenze (Itália) desde 1987;
  • Docente de História da Arte da Università Internazionale dell'Arte di Firenze (Itália) desde 1996. Cursos dos quais é responsável: "Arte pré-histórica: o paleolítico europeu", "História da pintura italiana no século XIV", "História da pintura italiana e européia do século XV", "O renascimento maduro" e "Impressionismo e pós-impressionismo";
  • 1987-1991, Assistente do Centro de Estudos de Museologia (UIA di Firenze-CNR);
  • 1997, Visiting Professor do curso de Museologia "Museo, territorio y ciudad", da Universidad de Ovied (Espanha);
  • Colaborador da revista italiana "Critica d'Arte" desde 1988;
  • 1991-1995, crítico de arte do jornal "La Nazione" (Florença);
  • Consultor, para a História da Arte, da editora McRae Books (Florença) desde 2001.

Algumas Publicações:

Em português:

  • Claude Monet, Paul Cézanne e Vincent van Gogh, na coleção Mini-Galeria de Arte (Edições Asa, Portugal, 2003);
  • A pintura na literatura, ensaio publicado em "Literatura & Sociedade", 2, Universidade de São Paulo, 1997;
  • Museologia crítica, ensaio publicado no "Folhetim" ("Folha de S.Paulo"), Setembro de 1986;
  • Viagem à Itália do século XX, ensaio publicado no "Folhetim" ("Folha de S.Paulo"), Setembro de 1986;

Em italiano:

  • Il 'Saper vedere di Matteo Marangoni-contributo alla critica dello stile, in "Critica d'Arte", 19-20, 1989;
  • Museo: istanza pedagogica dell'arte, in "Notizie da Palazzo Albani", XX, 1991;
  • Ragioni di un'attribuzione: la "Resurrezione" di Raffaello al Museo d'Arte di San Paolo del Brasile, in "Studi per Pietro ampetti" (Università di Urbino, Itália), 1993;
  • Preistoria (para a juventude), na coleção "Arte e Civiltà" (IdeaLibri, Firenze, 2000). O mesmo volume foi publicado na Inglaterra, Estados Unidos, França, Holanda e Portugal;
  • Fatti di Brunelleschi e di Masaccio, in "Critica d'Arte", 13, 2002;
  • Os volumes Botticelli, Michelangelo, Monet, Cézanne, Van Gogh da coleção "Lilliput Arte" (EdiCart, Milão, 2002), publicados igualmente na Inglaterra, nos Estados Unidos e na França, respectivamente nas coleções "Pocket Art", "Great Artists" e "Galerie de Poche".

Resumo: "El Greco num sonho de Cahgall"

O tema central do trabalho é a relação entre a tela A aparição de Marc Chagall, realizada entre 1917 e 1918, e uma Anunciação de El Greco, da qual o Museu de Arte de São Paulo possui uma versão. Apesar de o fato nunca ter sido notado antes pela crítica, a composição de Chagall recalca vistosamente o protótipo do pintor cretês estabelecido em Toledo (Espanha). O autor reconstrói o possível itinerário que levou o pintor russo ao conhecimento, durante a sua primeira permanência em Paris, de 1910 a 1914, da Anunciação de El Greco; e, considerando as idéias expressas por Chagall em seu escrito autobiográfico Ma vie, revela uma profunda identificação de Chagall com o caráter visionário, "sobrenatural", das obras toledanas do pintor grego, com as suas formas, que transcendem o domínio do ponderável. A pintura de El Greco, segundo Roberto Carvalho de Magalhães, é, de par com as correntes artísticas de vanguarda das primeiras décadas do século XX, um pilastre importante na formação da linguagem de Marc Chagall.

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