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Servidores da FE participam de palestra sobre Acessibilidade Digital no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da ABRAJI

No dia 12 de julho de 2024 uma equipe de servidores da Faculdade de Educação da UNICAMP participou da palestra: "Quem cabe no seu todos?

No dia 12 de julho de 2024 uma equipe de servidores da Faculdade de Educação da UNICAMP participou da palestra: “Quem cabe no seu todos? Tecnologia na garantia do direito à informação para pessoas com deficiência”, atividade do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da ABRAJI (https://congresso.abraji.org.br/sobre-o-congresso), realizado na Capital SP, entre os dias 11 a 14 de julho. A equipe multidisciplinar foi composta por: Adriano Donizete de Vasconcelos – Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, Giovanna da Costa Romaro – Coordenação de Extensão, Leandro Barboza SobrinhoEducação a Distância – EAD e Renata Seta – Comunicação e Divulgação Institucional – CPDC, com o objetivo de aprender/compreender mais sobre acessibilidade digital. 

Foram abordados os temas, que são de grande relevância para a faculdade e universidade: 

 

“Mãos que falam: transformando Libras em comunicação universal com IA”, Gabriel Sales.

Tratou sobre a garantia de direito à comunicação e informação para as pessoas surdas. Foi apresentado, por Gabriel Sales, o projeto “IA LIBRAS”, um protótipo que utiliza a inteligência artificial para traduzir o idioma português para a linguagem brasileira de sinais (Libras) por meio de um avatar, uma vez que áudio e vídeo não são conteúdos acessíveis para esse público. 

A aplicação utiliza o mapeamento corporal e a identificação de expressões e redes neurais permitindo, futuramente, ser útil para legendas de filmes, por exemplo. 

O autor do projeto explicou que a inteligência artificial está sendo treinada, inclusive, com vocabulários regionais de Libras, amadurecendo o seu aprendizado por meio de vídeos (treinamento de sinais). Por se tratar de um protótipo, a validação (ainda) não foi realizada pela comunidade surda. Foram destacados os desafios da comunicação das pessoas surdas: há um longo caminho na educação, ensino superior, saúde e serviço público em relação à acessibilidade, tanto para esse público quanto para aqueles profissionais que atuam junto a eles. 

Foi observado que há isolamento social em eventos, dada a falta de profissionais intérpretes de Libras. Segundo pesquisa realizada por Sales, 70% das pessoas surdas não tiveram nenhum tipo de instrução ao longo da vida. 

 

“Protocolo REVERTA”, Carla Beraldo.

O principal objetivo do protocolo idealizado pela autora é que a sociedade seja menos capacitista.

O protocolo REVERTA é um checklist/plugin que visa melhorar a acessibilidade digital para toda e qualquer pessoa, inclusive para aquelas que têm algum tipo de deficiência, no acesso a conteúdos informacionais e jornalísticos. A autora salientou que a principal barreira em relação ao acesso são atitudinais e o capacitismo. 

Para elaborar o protocolo foram utilizados parâmetros do Consórcio  de compreensibilidade W3C (que baliza os critérios de acessibilidade, no qual o Brasil é signatário) e a Lei de acessibilidade no Brasil. Como exemplo prático para o jornalismo multimídia: para que o leitor de tela possa identificar o link, é preciso que ele seja nomeado corretamente, a fim de informar o leitor (no caso de deficiências visuais). Segundo Beraldo, a acessibilidade digital não é algo difícil de realizar porém é, de certa forma, trabalhoso, havendo a necessidade de publicadores treinados. 

O projeto treinou 300 (trezentos) jornalistas de redações pequenas no Brasil, como publicadores acessíveis, com destaque para EPTV Campinas e ACidade ON. A pesquisa identificou 11 (onze) principais barreiras de acessibilidade e revelou que, após o treinamento dos jornalistas/publicadores, os requisitos de acessibilidade melhoraram 83%. A IA (inteligência artificial) está sendo utilizada para aperfeiçoar o plugin. 

Clique aqui para acessar a apresentação do protocolo REVERTA.

“Acessibilidade jornalística”; Inova.aê, Mariana Clarissa

De acordo com Mariana Clarissa, idealizadora da pesquisa sobre acessibilidade jornalística (Mestrado em Indústrias Criativas da Universidade Católica de Pernambuco – Unicap) que originou o projeto LUME, 45 milhões de pessoas com deficiência consomem informações e, infelizmente, os grandes portais de notícias não são acessíveis para a checagem das informações, uma vez que a grande maioria dessas pessoas utilizam o Whatsapp – maior fonte de disseminação de notícias falsas (fake news).

O LUME é um aplicativo (app) formado por 9 (nove) portais jornalísticos do nordeste brasileiro que disponibiliza notícias de forma acessível.

Leia mais sobre o projeto/APP LUME: 

Clique aqui para ver a galeria de fotos da palestra.

Fontes:

 

Renata Seta,

Comunicação e Divulgação Institucional – CPDC

FE/Unicamp

 

 

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