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SER HUMANO: a saga épica da nossa espécie

                                                                                                “Nada do que é humano me é indiferente.”

                                                                                                                Públius Terêncio (II a.C.)

I

Homem, criatura errante

Que tem vagado pelos séculos em fúria:

Primata descarado que vive acorrentado

À fria ampulheta de luzes e trevas da história.

Macaco matreiro que caiu da árvore,

Seu bipedismo conferiu-lhe evolucionária vantagem

Para percorrer a geografia de todo o orbe terrestre.

Sobreviveu estoicamente à glaciação das eras

E deixou pintada nas paredes das cavernas

A imagem ocre de suas crenças e ilusões.

Talhou sorrateiramente a obsidiana

E domesticou o fogo, as constelações,

Os cereais, o falcão e o lobo.

Tendo vertigens, interrogo-me: 

Quem o domesticará, ó Homem!?

II

Ah! Homem… 

Olhando fixamente para o espelho

Reconheço-me sinistramente em sua figura,

Pois quantas vezes fomos largados 

E feridos e desolados

Uivamos incompreensivelmente juntos,

A noite, para a luz da Lua,

As mais nuas angústias existenciais 

Da nossa espécie!?

Homem! 

No torpor da nossa raça,

No turbilhão das gerações,

O fruto amargo dos seus genes condena-me,

Ó ser mundano…

Pois já fui habilis, já fui erectus,

Sou sapiens e agora só me resta: 

SER HUMANO!…

………………….

Rodrigo Petit, aluno do mestrado em Educação da FE/UNICAMP – Grupo Paideia

Palavras-chave: vida, serhumano, Cotidiano, Poema

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