XVII SEMANA DA EDUCAÇÃO – Educação e Ancestralidade: A memória como resistência na luta por uma educação antirracista
Presencial e gratuito.
As inscrições abrem 1 semana antes de cada atividade.
É necessário se inscrever para participar de cada atividade. Certificados serão emitidos mediante credenciamento presencial.
Atividades contínuas
Ecobrinquedoteca: um espaço de formação Ecológica, um sonho possível
Local: Espaço da antiga cantina
Programação*
(*sujeita a alterações)
21 de outubro (segunda-feira)
10h00 Minicurso | Plataformização da Educação e os Impactos no Trabalho Docente
Local: ED01 – FE
- Ricardo Normanha
14h00 Palestra | Experiência estética com a arte na Educação Infantil
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Fernanda Ferreira de Oliveira
16h00 Oficina | Palavras Tupi, narrativas e memórias: presença indígena no Brasil
Local: Jardim dos Saberes Ancestrais – FE
- Patrícia Regina Vannetti Veiga
18h00 Abertura da Semana da Educação
Local: Teatro de Arena
19h30 Cine Jardim | “Tempo de Guavira” (2021)
Local: Jardim dos Saberes Ancestrais
(promovida pela APG-FE)
20h00 Minicurso | Relações étnico-raciais na creche
Local: ED01 – FE
20h00 Minicurso | Ações afirmativas no processo de desenvolvimento de projetos de pesquisa
Local: LL02 – Prédio Paulo Freire – FE
- Robson Bomfim Sampaio
(as vagas desta atividade serão priorizadas a pessoas negras, indígenas, trans e/ou com deficiência)
22 de outubro (terça-feira)
09h00 Palestra | O encantamento do professor na escola das infâncias
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Jeanne Maria Madureira de Camargo Rodrigues
09h00 Palestra | Apresentação da pesquisa de IC – “Administração Simbólica da Infância”, Censura e Literatura
Local: ED02 – Anexo 1 – FE
- Giovana Luna Melo
13h30 Peça teatral | “Eu não sou racista!”
Local: Sala AC02 – Barracão do IA
- Aksa Elisa de Jesus Ribeiro
- Anna Beatriz Bernardo da Silva
- Emily Santos Souza
- Eryck Matheus dos Santos Dias da Costa
- Gabriela Rodrigues de Oliveira
- Gabrielle Calixto Santos
- Josué Barbosa dos Santos
- Juan Vitor Ribeiro da Silva
- Kauã Bruno da Costa
- Luis Henrique Rodrigues Tomaz
- Manuela Gabriela Pereira de Paula
- Nicolas da Silva Camargo
- Nicolas Davi Duarte Servo
- Nicolas Silvério Feitosa
- Yasmin Xavier Martins
14h00 Palestra | Educação domiciliar no Brasil e na América Latina: um movimento em expansão
Local: ED01 – FE
- Beatriz Cristina da Silva
- Isabela Mallis Martinho de Araujo
14h00 Oficina | Ateliê de Grafismo Africano
Local: LL02 – Prédio Paulo Freire – FE
- Adelson dos Santos
14h30 Peça teatral | “Eu não sou racista!” (reprise)
Local: Sala AC02 – Barracão do IA
- Aksa Elisa de Jesus Ribeiro
- Anna Beatriz Bernardo da Silva
- Emily Santos Souza
- Eryck Matheus dos Santos Dias da Costa
- Gabriela Rodrigues de Oliveira
- Gabrielle Calixto Santos
- Josué Barbosa dos Santos
- Juan Vitor Ribeiro da Silva
- Kauã Bruno da Costa
- Luis Henrique Rodrigues Tomaz
- Manuela Gabriela Pereira de Paula
- Nicolas da Silva Camargo
- Nicolas Davi Duarte Servo
- Nicolas Silvério Feitosa
- Yasmin Xavier Martins
16h00 Apresentação e Roda de Conversa | Os Coloridos
Local: ED03
- Laura da Silva Santos
- Nathan Gomes Feitoza de Lima
- Vênus Gaia Expedito Pereira Teodoro das Dores
- Maria Clara Santos de Oliveira
- Nathalia Beatriz Silva Pereira
- Pedro Henrique da Silva Santos
(atividade promovida por Coletivo Arvoredo Negro e Coletivo Negro Drama)
19h00 Oficina | (Re)desenhando símbolos nacionais: novas bandeiras para novos sentidos de Brasil
Local: LL01 – FE
- Maria Júlia Buck Rossetto
- Lucas Pinto Seixas
19h00 Roda de conversa | Relato de experiência e acervo pessoal sobre vivência territórios indígenas interior Amazonas
Local: ED01 – FE
- Paula Nogueira
19h00 Apresentação teatral e roda de conversa | “JOANA”
Local: AC03 – Barracão do IA
- Janaina Batista Barbosa Sampaio
19h00 Minicurso | Ações afirmativas no processo de desenvolvimento de projetos de pesquisa
Local: LL02 – Prédio Paulo Freire – FE
- Robson Bomfim Sampaio
19h00 Performance | “Ser Giros”
Local: AC03 – Barracão do IA
- Renata de Oliveira
23 de outubro (quarta-feira)
10h00 Colagem de Lambes na escada da FE | Referências Negras
Local: escadaria da FE
(promovido pelo Arvoredo Negro)
14h00 Comunicação | Educação de Surdos: Revisão das Políticas Públicas e Desenvolvimento de Modelos Educacionais
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Elaine Andrade Peres Fernandes
14h00 Oficina | Danças e brincadeiras populares afro-brasileiras
Local: ED03 – Anexo 1 – FE
- Fernanda Ferreira de Oliveira
19h00 Minicurso | Teatro do Oprimido
Local: ED03 – Anexo 1 – FE
- Fernanda Lemos
19h00 Palestra | Ensino de ciências e conhecimentos escolares decoloniais: propósito imprescindível na formação docente
Local: Auditório Maurício Tragtenberg – Anexo 3 – FE
- Inês Petrucci
19h00 Palestra | As reformas do Ensino Médio e as ações afirmativas: o que têm a ver?
Local: ED01 – FE
- Sofia Lisboa
21h00 Palestra | A Reforma do Ensino Médio: uma análise da trajetória de implementação no município de Campinas
Local: ED01 – FE
- Ana Luisa Santos
24 de outubro (quinta-feira)
09h00 Oficina | RapLab: O Rap tecendo redes educativas
Local: LL02 – Prédio Paulo Freire – FE
- Paulo Mauricio Salvador dos Santos
09h00 Minicurso | História da educação intercultural bilíngue (EIB) para povos indígenas na América Latina
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Chantal Medaets
- Felipe Curivil
- Silvia Lopes Macedo
10h00 Diálogo | Um instrumento de pesquisa para o estudo da organização, acompanhamento e observação dos contextos de aprendizagem
Local: ED02 – Anexo 1 – FE
- Matilde AP da Silva Franco Campanha
14h00 Palestra | Desafios e Perspectivas da Educação Infantil Pós-Pandemia: Acolhimento, Diversidade e Políticas Públicas
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Maria Walburga dos Santos
- Maria Aparecida Guedes Monção
- Luciane Muniz Ribeiro Barbosa
14h00 Oficina | Cabelo(s) Poderoso(s): Diálogos sobre infâncias, universos e educação das relações étnico- raciais
Local: LL02 – Prédio Paulo Freire – FE
- Ana Luiza Soares Meneses
- Anteni de Sousa Belchior
- Beatriz Barbosa
- Fabiana Natalia Macedo Camargo
- Isabela Hayane Pererira
- Rebeca Ribeiro Franca
16h00 Oficina | Semear outros mundos: poesia e narrativas multiepécies
Local: ED02 – Anexo 1 – FE
- Armando Martinelli
16h00 Comunicação | Gincana Africanidades: relato de práticas pedagógicas nos Anos Finais do Ensino Fundamental
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Carolina Ricarte Teixeira
- Jennifer Siqueira de Araújo
- Rodrigo Gonçalves Martins
16h00 Comunicação | O “Aprender Sempre” escancara a tarefa da filosofia para com a Lei 10639 e a educação básica do estado de São Paulo
Local: LL01 – Prédio Paulo Freire – FE
- Guilherme Bonfim
19h00 Minicurso | Teatro do Oprimido
Local: LL01 – Prédio Paulo Freire – FE
- Fernanda Lemos
19h00 Roda de conversa | Critérios estéticos para leitura com as crianças
Local: ED04 – Anexo 1 – FE
- Fabiana Karla Gomes Urbano
19h00 Vivência | Cresço ao seu Lado
Local: ED03 – Anexo 1 – FE
(promovida pelo Coletivo Tinteiro)
19h00 Roda de conversa | Narrar terreiros : educação, cruzos e processos de subjetivaçao
Local: LL02 – Prédio Paulo Freire – FE
- Mariana Semião de Lima
19h00 Oficina | O papel do jogo na aprendizagem da criança
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Maria Teresa Camargo
- Rose Mara Geraldino da Silva
25 de outubro (sexta-feira)
10h00 Oficina | Que jogo é esse? É capoeira!
Local: ED03 – Anexo 1 – FE
- Daniele Alfonso Ramirez
14h00 Oficina | Etnomatemática da feira de rua
Local: LL01 – Prédio Paulo Freire – FE
- Caio Pereira Lopes
- Matheus Santos Barros
- Vinícius de Santana Duarte
14h00 Oficina | Redes de sociabilidade e musicalidade negras
Local: ED01 – Anexo 1 – FE
- Paulo Mauricio Salvador dos Santos
- Bruno Máriston Passos Barreto
- Gustavo Solera Damasena
- Maria Julia Petronilho Peixoto Soares
[CANCELADO] 16h30 Encerramento culturalLocal: Jardim dos Saberes Ancestrais
Casa de Cultura TainãUrucungos
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Objetivo do evento
Educação e Ancestralidade: A memória como resistência na luta por uma educação antirracista
Em tempos de forte onda de preconceitos e intolerâncias sejam de origem religiosa, racial, social e de classe, o conhecimento acerca daquilo que é considerado diferente e não se assemelha a construção histórica social brasileira, parece ser o caminho para a construção de um novo imaginário das produções culturais brasileiras.
É notório como ao longo da história brasileira a educação, foi e ainda tem sido, usada como campo de disputa de discursos, e é nessa certeza de potência e de oportunidade de uso que a ancestralidade e a memória podem vir a ser meios de recuperação de outras histórias, muitas vezes inviabilizadas e consideradas inferiores. O processo de rememorar, é meio de trazer a margem o protagonismo e enredo das narrativas antes não contadas, ou mesmo silenciadas por uma naturalização do imaginário a partir da construção história de uma unidade cultural nacional e hegemônica, que deve ser questionada a partir do processo de rememoração e da recapitulação da ancestralidade como produtora de sentidos.
A memória parece ser uma ferramenta fundamental para a recuperação de outros modos de ser e estar no mundo, uma vertente para a valorização das outras construções sociais, políticas, culturais e científicas também produtoras de conhecimentos, produzidos por grupos sociais historicamente considerados inferiores e postos em situações de subalternidade. Resistir à tendência de (re)contar por diversas vezes uma mesma história, considerada como única, hegemônica e constitutiva do Brasil, é meio de somar na luta contra essa dinâmica da perpetuação dos preconceitos estruturantes da sociedade brasileira arraigados historicamente.
A recuperação e difusão da ancestralidade também parece ser movimento potencial de novas construções, ao passo que proporciona centralidade aquilo que muitas vezes foi posto à margem, em relação àquilo que era posto como modelo. Criar espaço para o protagonismo de outras narrativas, é meio de dar voz ativa a sujeito calados e em situações de subordinação, não para atribuir valores positivos ou negativos aquilo que se distancia, mas sim como forma de afirmar e (re)afirmar a pluralidade de uma história que sempre recebeu os mesmo narradores e um mesmo enredo. Rememorar e exercitar a ancestralidade é artefato potencial para a criação do novo.
Sendo assim, educação como campo político e social, trona-se fundamental para se pensar no coletivo uma outra nova, que venha criar espaços que oportunizem momentos de (re)pensar essa estrutura, que possa abarcar a diversidade brasileira e que venha a valorizar a diversidade cultural, possibilitando a concretização de uma educação antirracista, que englobe e valorize efetivamente á todos os grupos sociais e suas inúmeras constribuições a nação verde e amarela.
Público Alvo
Comunidade acadêmica, profissional e autoridades públicas
Link de Inscrição
https://www.sympla.com.br/xvii-semana-da-educaCAo—educacao-e-ancestralidade__2676848
Período de Inscrição
14/10/2024
até 25/10/2024
Anexo(s)
Realização
- CAPMF – Centro Acadêmico de Pedagogia Marielle Franco
- CALI – Centro Acadêmico de Licenciatura Integrada em Química e Física
Apoio
- Faculdade de Educação da Unicamp
- APGFE – Associação de Pós-Graduandos da Faculdade de Educação