Não sou uma pessoa madura,
Finjo até acreditar que sou,
Mas continuo sentindo inveja,
Continuo sem coragem,
Continuo com raiva…

Estou num solstício de inverno,
Minhas noites, essas tristes, estão mais longas,
Às vezes, floreio pensamento,
E sou primavera.
Equilíbrio das noites e dias,
Um equinócio.

Me desenvolvo positivamente,
Finjo ser maduro,
Acredito nisso,
Sou novamente um solstício,
Mas veraneio,
Dias mais longos, tristezas mais curtas,

De repente,
Percebo a Farsa que sou,
Luto contra isso,
A noite avança,
Equinócio de novo.

Talvez isso seja ser maduro,
Um ciclo perfeito,
Mas sofro de aquecimento global,
De verão viro inverno,
De outono, primavera.
De sentimentos desregulados a falta deles…

Não sou maduro como pensei.

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Maike Martins,

Estudante da FE – Licenciatura em Geografia