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FE Publica

Sobre a plenitude da vida

Que pode uma alma serena,
Senão, entre tantas outras criaturas,
Almejar uma vida plena?

Completude frente à imensidão
Contemplação daquilo que há ao redor
E melhor: esperançar em coletividade
Render-se sem temor
Afinal, como falar de plenitude sem falar
De poesia e de amor?

Há tanto que é possível fazer
Para dar alimento à alma carente de paz:
Parar um segundo, ouvir a sinfonia do vento
Entender que o tempo cura mesmo as dores mais banais
Estar no aqui e no agora
Estender mão e ombro a quem chora
Permitindo-se chorar também.

É sobre viver com alegria
Abrir-se à vulnerabilidade
Na plenitude da felicidade,
Cada dia é uma vida inteira.

Na primavera derradeira,
Aceitar o que vier como um presente
Aprendizado para todos
Que se esqueceram de como sorrir.

Cabe à alma ansiosa por serenidade e plenitude
Viver com sabedoria
Respeitar o ser em sua transitoriedade
Cultivando sinceramente a virtude
De estar amando entre os seus

Compreender que peito aberto é morada
Jardim para florescer
Perdão para aliviar, evoluir, crescer
Diluir as mágoas e os remorsos
Reconstruir-se a partir dos destroços
Deixados pelos recentes vendavais.
Juramento para nunca mais
Entregar-se à amargura e ao ódio
Eles não levarão ninguém ao pódio
No final dessa corrida.

Trata-se de viver sem pressa
Crendo na beleza do acaso.
Não existe atraso!

Serendipidade em evidência
Mais vale a sua essência
Do que suas conquistas materiais
E digo mais: o novo mundo há de chegar
A você, basta confiar
Vivendo o mais plenamente que conseguir.

Jennifer Patrocínio,
Aluna de Licenciatura em Letras no IEL/Unicamp. Em estado de poesia.

Palavras-chave: vida, viver, Poema, poesia

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