Quem nunca formou uma opinião sobre determinado assunto a partir do que ouviu de terceiros, que jogue a primeira pedra. Ninguém está isento de construir opiniões baseadas no que ouve e o que nos difere uns dos outros é o modo no qual lidamos com tais informações. Segundo Fiorin, “O enunciador, para constituir um discurso, leva em conta o discurso de outrem, não está presente no seu, por isso todo discurso é inevitavelmente ocupado, atravessado pelo discurso alheio” (2006, p. 22).
Há três meses, no dia 9 de maio de 2021, muitas mães receberam carinho e lembranças de seus filhos e filhas, parentes, amigos e amigas. Mãe é a figura central na vida de muitos de nós, por seu acolhimento, nos ensinando como a vida pode ser difícil muitas vezes, mas mostrando que, com muita luta, podemos sempre mais.
Hoje vamos conhecer Adriana Lopes Limeira, a mãe e a estudante do 56.
Este texto se estrutura em três partes. Na primeira, faço um relato íntimo de vivências e experiências sobre os impactos da pandemia no meu cotidiano e no cotidiano de minha família. Na segunda parte, discorro sobre as principais linhas de força temáticas dos livros minimus, de Alciene Ribeiro, e brevíssimos, de Rauer. Os dois livros dividem um único volume, lançado pela Editora Pangeia em 2020, com o título de minimus & brevíssimos.
“Se não respirar, não sente o cheiro ruim. Se não comer, não se engasga.”
Nos últimos anos, cresceram as estatísticas de feminicídio no Brasil. Entre 2013 e 2018, segundo o IPEA, esse aumento foi de 8,3%[1].
O serviço estatal é público?
por Eduardo Sadalla Bucci
No último dia 08 de abril, a 1ª Mostra Funciona Cultura da Unicamp estreou o curta-metragem “Como contar o tempo”, relato documental e poético sobre a percepção da passagem do tempo no primeiro ano de pandemia no Brasil. O filme, escrito e dirigido pela produtora Giovanna Romaro, é resultado do programa Funciona Cultura, que promoveu oficinas culturais e selecionou, por meio de convocatória, projetos de servidores da Unicamp interessados em compor a mostra pública e online.
Damos início a uma série de entrevistas e conversas que os estudantes da Licenciatura Integrada em Química e Física, que compõem o Centro Acadêmico - Gestão Alcateia, estão realizando com os estudantes do curso. O conteúdo e a imagem divulgados foram aprovados pelo entrevistado.
NEGRITUDE: A ANCESTRALIDADE E O PRECONCEITO
Ninguém parece ter dúvida de que o povo brasileiro é massivamente miscigenado. O Brasil, pré-formado por diversas etnias, traz consigo um universo de ancestralidade bastante rico e único.
Nos anos 90, vivi experiências comuns a muitas mulheres na casa dos 30 anos: tive filhos, trabalhei e estudei. Na época, trabalhava como fonoaudióloga autônoma em consultório particular. Para conciliar trabalho e os estudos no mestrado e doutorado, contei com a ajuda de outras mulheres. Quero contar um pouco sobre uma delas.