tmarin | Atualizado em 11/12/2020 - 07:58 Notícia

Professores da FE publicam Carta Aberta sobre a greve na Unicamp

Os professores da FE-Unicamp tornaram pública Carta Aberta sobre as mobilizações do movimento grevista ocorridas na Unicamp.  

No documento, os docentes manifestam preocupação com os recentes vídeos veiculados pela imprensa em que professores e alunos entram em conflito. Em assembleia realizada no dia 30 de junho, docentes votaram pelo fim da greve, com manutenção da "luta em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada". Alunos e funcionários da instituição continuam em greve.

Essas gravações "não esgotam a produção audiovisual das mobilizações em curso na Universidade e obedeceram a critérios jornalísticos nem sempre comprometidos com a construção democrática do diálogo e do entendimento", afirmam.  Eles também se posicionam de modo contrário às punições e defendem a apuração e responsabilização dos envolvidos de modo a permitir "o diálogo e a construção participativa de soluções entre quais estão inscritos os atos reparativos".

A carta ainda demonstra a apreensão dos educadores com o atual cenário da educação pública brasileira e, em especial, paulista, com destaque para os limites orçamentários da Unicamp em razão da queda da arrecadação do ICMS e para as políticas do governo federal interino de "enxugamento do Estado".

"A Unicamp chega em 2016 aos seus 50 anos graças a ação coletiva de docentes, funcionários técnico-administrativos e estudantes que por aqui já passaram ou continuam atuando e financiada com recursos públicos. Nesse momento de tensão e conflito internos que vivemos, é fundamental que repactuemos para que consigamos avançar preservando nossa Universidade. Para tanto, faz-se necessário assegurarmos as instâncias e os órgãos colegiados com representação dos três segmentos como espaços privilegiados para o aprofundamento do debate acerca das necessidades e demandas da da comunidade universitária garantindo assim o processo de democratização institucional institucional e as conquistas já asseguradas pelos movimentos mais recentes. Professores, Estudantes e Técnicos Administrativos, é preciso que tenhamos em conta que a Universidade Estadual de Campinas é um patrimônio da sociedade paulista e brasileira e que nos cabe preservar", finalizam o texto. 

Acesse o documento na íntegra.