04 a 06 de setembro de 2017 | Faculdade de Educação da Unicamp



Programação Comunicações      Cardeno de Resumos

Apresentação

No contexto de um projeto de cooperação entre o Brasil e a França (financiada pelo convenio CAPES-COFECUB) que reúne pesquisadores brasileiros (Unicamp; Unesp-Marília; Unifesp; UFRJ; UFSJ) e pesquisadores franceses (Universidades de Rouen, Nantes, Paris 8 e Lille) será realizado um primeiro colóquio de Filosofia da Educação com o objetivo de aprofundar as análises conceituais em torno da diferença e da diversidade.

O colóquio propõe-se a examinar a questão do conformismo em educação. De fato, a reflexão sobre o conformismo esteve frequentemente no centro das reflexões e preocupações concernentes à escola e à educação. De um lado, é difícil negar que a escola e a educação produzem – e devem produzir – um espaço comum. O sentido da escola e da educação não está voltado para um trabalho de socialização, ou de modo mais amplo, de humanização? E socializar, assim como humanizar, significa reportar-se a uma mesma forma ou medida e cultivar uma certa identidade de uns e de outros. Claro que há maneiras, algumas mais legítimas outras mais brutais, de fazer esta operação, mas no horizonte da educação está uma preocupação com um certo comum, a preocupação com uma identidade comum, preocupação com hábitos partilhados – como dizia Aristóteles – ou mesmo preocupação com uma cultura comum, como se diz na França. Seria necessário acrescentar que tal preocupação com o comum precisa hoje ser particularmente defendida, talvez como no passado, mas agora com razões e motivos diferentes e levam em conta as tendências à divisão próprias a nossa época. Ainda que em realidades e com aspectos muito distintos entre si, isto é sentido hoje tanto no Brasil quanto na França.

De toda forma, se tal dimensão da educação deve ser reconhecida, a inquietação de que ela poderia conduzir a um puro e simples conformismo não foi menos importante nas tradições educativas e formativas, tanto de um ponto de vista prático quanto de um ponto de vista reflexivo. Segundo esta segunda exigência, há outras preocupações, além da forma comum ou da identidade; teme-se uma identificação demasiado forte ou mesmo uma submissão dos indivíduos às normas, nas quais, pensa-se, arrisca-se que o indivíduo se perca, perdendo também o poder de iniciativa do qual ele é a base. Arrisca-se então que o princípio de uma educação para a emancipação ou para a autonomia se dissolva em favor de uma educação que consista em aceitar unilateralmente a ordem existente. Como levar em conta este perigo do conformismo, na preocupação com uma educação que não renegue o horizonte de um certo comum? Como, reciprocamente, levar em conta uma certa identidade de todos sem recusar um certo jogo do indivíduo?

A questão não é a da oposição entre o indivíduo e a sociedade, mas sim a de uma sociedade e de uma educação que tenham suficiente espaço de manobra em seu próprio contexto para deixar jogar a diferença e o indivíduo em relação às normas, às imagens dominantes, à comunidade e, de outro lado, possuir força suficiente para afirmar os indivíduos gente ao comum.

Tal interrogação recoloca a temática da diferença, já não como oposição ao mesmo e ao comum, mas como o jogo ou o trabalho da diferença na identidade, assim como o jogo e o trabalho da identidade nas diferenças, isto é, os modos muito diversos segundo os quais as diferenças podem relacionar-se umas com as outras e criar algo comum. Resistência de um lado, invenções de outro, tanto individuais quanto coletivas.

Postas estas questões, o colóquio dedicar-se-á aos dois aspectos seguintes, que ele se esforçará para cruzar:
- Explorar aquilo que na tradição filosófica, em particular naquilo que se convencionou contemporaneamente chamar as filosofias da diferença (Deleuze, Derrida, Foucault, Lyotard, Adorno e a Teoria Crítica, Heidegger...) mas não apenas (posto que Montaigne, Diderot, Emerson, Rousseau estiveram muito preocupados com o conformismo e a diferença) pode nos permitir para consolidar o problema. Manifestar, por aí, a fecundidade destas tradições.
- Explorar, também, aquilo que poderíamos denominar “os lugares, os tempos, ou ainda os operadores da diferença”, isto é, as modalidades de sua emergência, assim como as operações pelas quais ela se constitui. Como e se escapa-se ao conformismo?

O trabalho realizado nos últimos dois anos pela equipe de pesquisa que organiza o colóquio permite isolar e identificar certo número destes operadores, que podemos previamente indicar:
- Se e como o diálogo pode ser um destes operadores. Alguns o negaram (Deleuze, Lyotard); no entanto, a questão pode ser retomada: o diálogo na sala de aula, não seria uma maneira de reverter a preeminência do mestre e de fazer aparecer a diferença própria dos estudantes?
- Se e como a experiência do deficiente na sala de aula pode ser a oportunidade de uma experiência da diferença própria a cada um e de uma nova relação com o coletivo. Que pensar das políticas ditas inclusivas: que desejam exatamente e como pensar das imagens de uma outra cidadania que elas veiculam?
- Se e como a oposição entre primitivo e civilizado pode hoje ser recolocada, diferentemente dos sentidos que teve através da história colonial e pós-colonial. Tal questão pode ser pensada pela antropofagia.
- Se e como a relação com o saber poderia ser cultivada segundo a perspectiva de uma grande diferença ou diversidade; e aí está em questão um certo gosto pela diversidade e pelo ecletismo, que tradições antigas analisaram e expuseram, mais que estando atentas à diversidade de inteligências.
- Se e como precisamos valorizar a temática de um devir outro para pensar a interculturalidade e assim romper com a preocupação de um devir si mesmo. Romper assim tato com os clichês identitários quanto com os clichês do elogio das diferenças.
- Se e como a questão das passagens e das metáforas não deve substituir qualquer pensamento ou perspectiva hierárquica.
- Se e como a crítica da herança iluminista, posta em particular pela Teoria Crítica alemã, foi a oportunidade de construção de um pensamento da diferença.

O colóquio será constituído por conferências, mesas redondas e comunicações orais de pesquisadores. Comunicações poderão ser feitas em português e em francês.

Programação

Unsplashed background img 2


04 de setembro de 2017 9h – Sessão de Abertura
Convidados: Direção da FE, Silvio Gallo (FE-Unicamp) e Hubert Vincent (Coordenador do projeto)

10h – Mesa Redonda I: Diferença versus conformismo na educação contemporânea
Convidado: Hubert Vincent (Universidade de Rouen e Alain Firode – Universidade de Lille)

12h30 - Intervalo para almoço

14h – Sessão de Comunicações Orais I

16h – Mesa Redonda II: Biopolítica e governo das diferenças
Convidados: Pedro Pagni (Unesp-Marília), Divino José da Silva (Unesp-Presidente Prudente) e Silvio Gallo (FE-Unicamp)
05 de setembro de 2017 9h – Mesa Redonda III: Diferença e emancipação
Convidado: Alain Patrick Olivier (Universidade de Nantes e Didier Moreau – Universidade de Paris 8)

12h - Intervalo para almoço

14h - Sessão de Comunicações Orais II

16h – Mesa Redonda IV: Diferenças na sala de aula
Convidados: Wanderley Cardoso de Oliveira – UFSJ), Alexandrina Monteiro (FE-Unicamp) e Maria Emanuela Esteves dos Santos (UFSJ)
06 de setembro de 2017 09h – Mesa Redonda V: Governo e desgoverno das diferenças: gênero, infância, surdez
Convidados: César Leite (Unesp-Rio Claro), Alexsandro Rodrigues (UFES) e Vanessa Martins (UFSCar)

12h - Intervalo para almoço

14h - Sessão de Comunicações Orais III

16h – Mesa Redonda VI: Diferenças, antropofagia e infância
Convidado: Filipe Ceppas (UFRJ), Rodrigo Pelloso Gelamo (Unesp-Marília) e Gabriela Tebet (FE-Unicamp)


Inscrições

Unsplashed background img 2

Submissão de Trabalho


Prazos importantes
Inscrições Resultados
Submissão de propostas até 31 de julho de 2017 até 10 de agosto de 2017


Propostas em português devem ser enviadas aos cuidados de Silvio Gallo para o endereço silvio.gallo@gmail.com.
Propostas em francês devem ser enviadas aos cuidados de Hubert Vincent para o endereço huvinc@gmail.com.


Formulário de Inscrição

Dicas

Unsplashed background img 2
Hotéis

CASA DO PROFESSOR VISITANTE - UNICAMP
Telefones: (19) 3521-2809 / 3521-2810 / 3521-2811
Endereço: Avenida Érico Veríssimo, 1251, Unicamp, Barão Geraldo

HOSTEL CHAPLINS
Telefones: (19) 3325-0097
Endereço: Rua Germano Casellatto, 199 - Jardim Santa Genebra II (Barao Geraldo)

POUSADA SOLÁR DOS PÁSSAROS
Telefones: (19) 9172-7072, (19) 2121-0925 e (19) 3288-0912
Endereço: Rua Jean Nassif Mokarzel, 201 - Barão Geraldo

VITÓRIA HOTEL PAULÍNIA
Telefones: (19) 3517-8500
Endereço: Rua Geraldo Ballone, 110 - Jardim América, Paulínia/SP

HOTEL MATIZ BARÃO GERALDO
Telefones: (19) 3749-8500 / 3749-8505
Endereço: Avenida Albino José Barbosa de Oliveira, 1700, Barão Geraldo

IBIS HOTEL CAMPINAS
Telefone: (19) 3731-2300
Endereço: Av Aquidaban, 440, Centro

HOTEL VITÓRIA CONCEPT CAMPINAS
Telefone: (19) 3755-8000
Endereço: Avenida José de Souza Campos, 425, Cambuí

CONFORT SUITE
Telefone: (19) 2137-9000
Endereço: Rua Embiruçu, 300, Alphaville, Campinas

TRYP CAMPINAS
Telefone: (19) 3753-8000
Endereço: Rua Severo Penteado, 140, Cambuí, Campinas

SLEEP INN GALERIA
Telefone: (19) 2137-2200
Endereço: Rua Dr. Carlos Grimaldi, 1653, Jd. Conceição, Campinas

HOTEL DAN INN CAMBUI
Telefone: (19) 3255-6730
Endereço: Julio de Mesquita 139, Cambui, Campinas

HOTEL MERCURE CAMPINAS
Telefone: (19) 3733-7700
Endereço: Avenida Aquidaban, 400, Centro, Campinas

Alimentação

PANETTERIA DI CAPRI
Endereço: Rua Maria Tereza Dias da Silva, 530
Telefone: 3289-3338
Buffet variado por pessoa

PADARIA ALEMÃ
Endereço:Av. Dr. Romeu Tórtima, 285
Telefone: (19) 3289-2581
Lanches rápidos, café da manhã e café da tarde

TÁBUA PRAIAS
Endereço: Rua Maria Tereza Dias da Silva, 288
Telefone: 3289-3261
Culinária caiçara, ribeirinha e internacional - à la carte

CASA DA MOQUECA
Endereço: Rua Maria Ferreira Antunes, 123
Telefone 3289-3131
Peixes e frutos do mar e carnes - à la carte

SUBWAY
Endereço: Av. Albino J. B. de Oliveira, 1556 - Tilli Center
Telefone: 3201-8410
Fast-food

MC DONALD'S
Endereço: Av. Albino J. B. de Oliveira, 1430
Telefone: 3289-0318
Fast-food

AULUS VIDEOBAR & RESTAURANT
Endereço: Av. Prof. Atílio Martini, 939
Telefone: 3289-4453
Buffet variado por quilo

ESTÂNCIA D'OLIVEIRA
Endereço: Av. Albino J. B. Oliveira, 576
Telefone: 3289-5369
Rodízio de massas e carnes

SUPERMERCADOS DALBEN
Endereço: Av. Albino J. B. Oliveira, 511
Telefone: 3789-6300
Buffet variado por quilo

ESTÂNCIA GRILL CHURRASCARIA
Endereço: Av. J. B. Oliveira, 271
Telefone: 3289-1511
Rodízio de carnes

SOLAR DOS PAMPAS RESTAURANTE E CHURRASCARIA
Endereço: Av. Dr. Romeu Tórtima, 165
Telefone: 3289-1484
Buffet variado por pessoa (R$ 24,95) ou por quilo (R$ 33,90)

SUMIRÊ
Endereço: Av. Dr. Romeu Tórtima, 304
Telefone: 3249-1264
Comida japonesa

BARDANA RESTAURANTE
Endereço: Av. Doutor Romeu Tórtima, 1500
Telefone: 3289-9073
Buffet variado por quilo

DEL SOL RESTAURANTE
Endereço: R. Roxo Moreira, 1644
Buffet variado por quilo

TERRAÇO RESTAURANTE
Endereço: R. Roxo Moreira, 1344
Telefone: 3289-7920
Buffet variado por quilo

Translados

De Guarulhos/Cumbica
Existe um ônibus que realiza o translado até a Rodoviária de Campinas. Os horários e valores encontram-se no site da Lira Bus.

De Viracopos/Campinas
Existe um ônibus que realiza o translado até a Rodoviária de Campinas. Os horários e valores encontram-se no site da Lira Bus.

Transporte Público

Da Rodoviária de Campinas/Unicamp
Existem diversas linhas que realizam o trajeto da Rodoviária de Campinas até a Unicamp:

3.32 - Rodoviária - Unicamp - Da Rodoviária de Campinas à Unicamp. Funciona das 6h às 23h, a cada meia hora, todos os dias.
3.30 - Terminal Central- Unicamp - Do Terminal Central de Campinas à Unicamp. Funciona das 6h às 9h30 e das 15h30 às 17h, a cada 15 minutos, de segunda a sexta-feira.
3.31 - Rodoviária - Terminal Barão Geraldo - Da rodoviária de Campinas ao Terminal Barão Geraldo. Para chegar à Unicamp, deve pegar a linha 3.37 no Terminal Barão Geraldo. Não é necessário pagar mais uma passagem. Funciona das 5h30 às 23h30, a cada 20 minutos, todos os dias.
3.33 - Terminal Central - Terminal Barão Geraldo - Do Terminal Central de Campinas ao Terminal Barão Geraldo. Para chegar à Unicamp, deve pegar a linha 3.37 no Terminal Barão Geraldo. Não é necessário pagar mais uma passagem. Funciona das 5h30 às 23h30, a cada 10 minutos, todos os dias.
3.29 - Terminal Barão Geraldo - Unicamp (circular) - Do Terminal Barão Geraldo à Unicamp. Funciona das 5h30 às 23h30, a cada 15 minutos, de segunda a sexta-feira.

Para consultar as linhas e horários acesse o site da EMDEC.

Taxi

Ponto de Taxi em Barão Geraldo
Telefone: (19) 3289-3300

Unicamp

Circular interno
A Unicamp possui duas rotas de ônibus circular interno gratuito. Informações e horários disponíveis no site da UNITRANSP.

Contato

Unsplashed background img 2



Secretaria de Eventos - FE-Unicamp

email
eventofe@unicamp.br




Organização

Unsplashed background img 2
Coordenação

Prof. Dr. Silvio Gallo (FE-Unicamp)

Comitê Científico

Dr. Hubert Vincent (Université de Rouen)
Dr. Didier Moreau (Université de Paris 8)
Dr. Alain Firode (Université d’Artois)
Dr. Alain Patrick Olivier (Université de Nantes)
Dr. Silvio Gallo (Unicamp)
Dr. Alexandre Filordi de Carvalho (Unifesp)
Dr. Pedro Pagni (Unesp)
Dr. Rodrigo Gelamo (Unesp)
Dr. Filipe Ceppas (UFRJ)
Dr. Wanderley Cardoso de Oliveira (UFSJ)

Apoio