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Atualizado em 22/02/2021 - 15:22

Videoconferência

De um modo abrangente, pode-se dizer que a videoconferência é a comunicação síncrona, com imagem, vídeo e áudio entre duas ou mais pessoas, localizadas em distintos lugares geográficos, que  podem se conectar por meio de redes telefônicas ou por meio das Redes IP de multiserviço (COLCHER, 2005).
A videoconferência foi desenvolvida inicialmente para o uso em reuniões de negócios entre empresas, no entanto, devido aos elevados custos e indisponibilidade de infra-estrutura para a transmissão bidirecional dos sinais, a tecnologia não pode ser comercializada de imediato. A viabilização do uso da videoconferência deu-se com as melhorias das tecnologias utilizadas para compressão e transmissão de vídeo e pela adoção de padrões de protocolos de comunicação entre os equipamentos. Com os avanços tecnológicos, houve crescimento na demanda pelo uso deste meio de comunicação, conseqüentemente, elevou-se a produção de equipamentos e reduziu-se ligeiramente os custos dos mesmos, embora se compararmos o custos dos equipamentos com os dos computadores pessoais, que também podem desempenhar funções de comunicações audiovisuais, os primeiros podem ser considerados altos.
Em 1964, foi apresentado pela American Telephone and Telegraph (AT&T), empresa americana de telecomunicações, o videofone, o antecessor da videoconferência. A primeira comunicação interativa com vídeo e áudio ocorreu em 1967 entre Nova York e Los Angeles, nos Estados Unidos. Na década de 1980, com o surgimento da compressão algorítmica, que com o uso dos CODEC (Codificador e Decodificador) permite comprimir os sinais em formato digital para dividir as imagens em blocos com tamanho ‘ n ‘ vezes menor que o original, foi possível utilizar-se das redes existentes sem o comprometimento da qualidade do vídeo e do áudio. Em janeiro de 1986, Michael G. Moore, da Penn State University, utilizando circuitos que transmitiam dados, iniciou os primeiros cursos de graduação transmitidos por videoconferência, com alunos em um estúdio no campus da University Park e grupos em Erie, Pensilvânia (MOORE, 2008).
Em meados da década de 1990, com o uso de CODEC, instalado em computador pessoal, foi possível a transmissão de videoconferência com taxa de transmissão de 56 kbps.
Os equipamentos fabricados até o início de 2000 utilizavam-se de hardware do tipo “computador pessoal” e de softwares proprietários com os respectivos protocolos de vídeo, áudio, rede e outros. Atualmente, são vários os modelos disponíveis sendo alguns projetados para aplicações específicas que inclui o uso na educação e que podem dispor de interface de comando interativa do tipo Touch Screen, para o professor. Embora estes equipamentos possam requerer algumas configurações relativamente complexas, é possível gerenciá-los facilmente, apenas com contatos manuais na tela interativa, onde um toque manual seleciona o periférico que transmitirá a imagem, o vídeo ou o áudio ao(s) outro(s) equipamento(s) conectado(s). Os periféricos podem ser câmeras de vídeo, notebook, lousa digital, microfones de mesa e/ou de lapela, DVD player e outros.
Após a captura dos sinais destes equipamentos/aparelhos, o CODEC, através de seus processadores, compacta os dados e transmite-os, por meio das redes ao(s) outro(s) equipamento(s) de videoconferências que utiliza(m) protocolos compatíveis. Estes por sua vez, descompactam os dados e exibe a imagem, o vídeo e o áudio na(s) outra(s) sala(s).
Os equipamentos de videoconferências podem ser fixos em racks, ou portáteis, e podem ser utilizados, entre outros, para a implantação de cursos na modalidade semipresencial, que, segundo Moran (2002), contempla a modalidade presencial e a distância. Equipamentos portáteis podem dispor de câmeras de vídeos incorporadas ao gabinete do CODEC, ou separadamente. Dispõem de tamanho reduzido quando comparados aos equipamentos fixos. A principal vantagem deste tipo de equipamento é a mobilidade, o que possibilita a realização de sessões de videoconferências a partir de qualquer local que disponha de redes fixas ou móveis. 
Há uma relação direta e estreita entre a velocidade de transmissão/recepção e a qualidade da imagem, pois, quanto maior a velocidade de conexão, melhor é a qualidade da imagem, embora não seja apenas este o fator que a defina. A qualidade depende também da configuração dos protocolos de vídeo, áudio e outros dos equipamentos. É sabido que os protocolos implementados   recentemente nos equipamentos proporcionam melhor qualidade para a imagem, o vídeo e o áudio, do que aqueles que foram desenvolvidos inicialmente, com a invenção da tecnologia de  videoconferência. No entanto, é necessário que o(s) outro(s) equipamento(s) conectado(s) também utilize(m) estes protocolos. Caso isto não ocorra, deve-se reconfigurar os equipamentos para conexões com protocolos disponíveis e compatíveis, que muitas vezes podem apresentar capacidade de tratamento dos dados, inferior aos desenvolvidos recentemente, o que
pode comprometer a qualidade da sessão de videoconferência e por conseqüência da aula. Há ainda, outros fatores que devem ser considerados para se ter uma sessão de videoconferência com
sucesso, que são: o poder de processamento dos equipamentos, a capacidade de tráfego dos roteadores e switchs aos quais os equipamentos de videoconferências estão conectados quando
realizam conexões pelas Redes IP de multiserviço; a intensidade do sinal das redes móveis; a sensibilidade do(s) microfone(s); a resolução da imagem da(s) câmera(s), e outros.