Em fevereiro de 1989, um modelo inédito de autonomia universitária foi criado no Estado de São Paulo por meio de um decreto do governador Orestes Quércia. Desde então, USP, Unicamp e Unesp foram autorizadas a criar suas próprias normas de organização didático-científica, administrativa e de gestão financeira, de recursos humanos e patrimonial. Resgatar as iniciativas históricas das três universidades estaduais paulistas nesse processo é um dos objetivos do evento “Autonomia de Gestão Financeira – 30 anos”.
Organizado pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), o encontro no dia 15 de agosto, no campus da USP na Cidade Universitária, também vai debater o atual cenário da autonomia de gestão financeira das instituições e avaliar as respectivas conquistas acadêmicas e administrativas ao longo de três décadas de vigência.
Uma das consequências diretas da adoção desse modelo foi o crescimento da produção científica das instituições públicas de ensino superior de São Paulo. Atualmente, um terço da ciência feita nas cerca de 200 universidades brasileiras é produto do trabalho de USP, Unicamp e Unesp. Segundo rankings internacionais, as três estão entre as melhores instituições da América Latina. Mesmo tendo menos professores e funcionários que em 1989, essas universidades têm hoje um corpo docente mais qualificado, produzem mais pesquisa e formam mais pessoas.
FONTE: Idéa.