Dia 12/07/2018
"Seria possível a leitura de vozes, sons e sentidos em estado de nascença? Como escutar línguas outras onde se pressente que algo brota? O 21° COLE convida a pensar com as línguas dissonantes que fertilizam a vida comum com sabores, saberes e tempos outros: com a língua dos bebês, dos surdos, dos velhos, línguas juvenis, línguas dos estrangeiros, dos refugiados, línguas dos povos indígenas, línguas afro-brasileiras, africanas, línguas ainda sem nome... Línguas que convidam a leituras e escritas outras, que fazem as palavras ressoarem na diferença, no hiato entre som e sentido. Atentamos para as línguas dos pássaros, das pedras, dos rios que fissuram e rompem barreiras. Neste 21° COLE fazemos o convite a um modo de resistir às pulsões homogeneizadoras e autoritárias do mundo com a afirmação das forças germinais ainda sem forma, da vontade de nascer, em nós e no mundo."
Fotos por Juliana e Lassoni.