Ubirajara Alencar Rodrigues | Atualizado em 11/12/2020 - 07:58 Notícia

Novas aquisições de livros

Conheça os materiais bibliográficos incorporados recentemente à coleção da biblioteca.

A utilidade do inútil - Um manifesto | Nuccio Ordine 
Editora Zahar, 1ª edição/2016, 224 páginas

Um manifesto abaixo-assinado por Platão, Aristóteles, Montaigne, Kant, Shakespeare, Victor Hugo, Cervantes, Dickens, Baudelaire, García Lorca, Calvino, García Márquez. Não é verdade – nem mesmo em tempos de crise – que só é útil o que produz lucro ou tem uma finalidade prática. Existem saberes considerados “inúteis” que são indispensáveis para o crescimento da humanidade. Útil, portanto, é tudo aquilo que nos ajuda a termos uma vida mais plena e um mundo melhor. Brilhante, contundente e muito claro, o filósofo italiano Nuccio Ordine mostra como a lógica utilitarista e o culto da posse acabam por murchar o espírito das pessoas, pondo em perigo não só a cultura, a criatividade e as instituições de ensino, mas valores fundamentais como a dignidade humana, o amor e a verdade. Completa o livro um ensaio do famoso educador americano Abraham Flexner, inédito em português, que prova como também as ciências exatas nos ensinam a utilidade do inútil. Sucesso de crítica e de público, traduzido para mais de 15 idiomas, essa é uma leitura crucial, um grito de defesa da humanidade e do humanismo.

Questões de estilística no ensino da língua | Mikhail Bakhtin
Tradução de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo; apresentação de Beth Brait; organização e notas da edição russa de Serguei Botcharov e Liudmila Gogotichvíli
Editora 34, 1ª edição/2013, 120 páginas

Único na obra deste grande teórico da língua e da literatura, o presente ensaio é produto da experiência de Bakhtin como professor em duas escolas no interior da Rússia entre 1937 e 1945. Como exemplo de sua prática na sala de aula, o autor aborda no texto o uso de uma estrutura gramatical em particular - o período composto por subordinação sem conjunção -, e desenvolve um método de ensino voltado ao "processo de nascimento da individualidade linguística" dos alunos. Inédito no Brasil e extremamente atual, Questões de estilística no ensino da língua ilumina muitos aspectos das teorias de Bakhtin, e é apresentado aqui em tradução direta do russo realizada por Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. O volume conta ainda com uma apresentação de Beth Brait, um ensaio das tradutoras, que compara a obra do autor com a do linguista Viktor Vinográdov, e os preciosos comentários dos organizadores da edição russa.

Entre Brasil e Argentina: miradas sobre a história da educação | Heloísa Helena Pimenta Rocha e Maria Ângela Borges Salvadori (organizadoras)
Editora Fino Traço, 1ª edição/2015, 340 páginas

Nada é intelectualmente mais estimulante do que a históriacomparada; no entanto, nada é mais difícil. Essa percepção paradoxal, formulada por um historiador francês a respeito desuas próprias análises comparativas, pode ser aplicada tambémaos ensaios reunidos neste volume. Tais ensaios se concentramem dois países latino-americanos que apresentam uma combinação intrigante de semelhanças históricas (tais como as heranças coloniais e os desafios do Estado pós-independência e da construçãoda nação) e de diferenças sociopolíticas (resultantes da suaconexão com diferentes espaços linguísticos e culturais). Assim,do ponto de vista da análise comparada entre nações, Argentina e Brasil constituem um campo de observação particularmente frutífero. Além disso, em sintonia com a recente sociologia histórico-comparativa, os autores deste volume também buscam apreender o entrelaçamento da história educacional de ambosos países. Para tanto, investigam a circulação internacional deeducadores e modelos educacionais, bem como as relações deintercâmbio de ideias e experiências educativas entre as duassociedades. Nesse sentido, o volume apresenta exemplos e modelosanalíticos propícios para uma compreensão mais profundade ambos os processos interconectados e de suas particularidadesdistintivas que, em conjunto, moldaram a construção do sistema educacional na América Latina. / Jürgen Schriewer, Universidade Humboldt de Berlim

Aberturas para a história da educação | Dermeval Saviani
Editora Autores Associados, 1ª edição/2013,  288 páginas

Os capítulos que compõem este livro foram escritos em diferentes oportunidades cobrindo um período que se estende de 1997 a 2013. Embora versem sobre temas variados, todos os trabalhos mantêm em comum a referência à história da educação, tendo sido escritos e pronunciados na condição de conferências de abertura de eventos dessa área. Justifica-se, assim, literalmente, o título Aberturas para a história da educação atribuído ao presente livro. Mas, além dessa justificativa de ordem etimológica, o título também evoca uma semântica particular, pois indica que os educadores, se quiserem compreender a fundo o significado radical de seu ofício, devem abrir-se sem reservas para a história da educação. Nessa condição poderão intervir com propriedade e conhecimento de causa no debate sobre a construção do sistema nacional de educação no Brasil.

O lunar de Serpé: paixão, dilemas e perspectivas na educação | Dermeval Saviani
Editora Autores Associados, 1ª edição/2014,  192 páginas

Este livro trata das vicissitudes, dilemas e dos paradoxos da educação brasileira de maneira crítica e propositiva. É uma análise crítica porque, ancorado nas determinações históricas, empenha-se em explicar os problemas elucidando suas características e implicações para o trabalho pedagógico. Mas é também uma análise propositiva porque procura sempre apresentar perspectivas de superação dos problemas analisados, viabilizando, dessa forma, um trabalho educativo de elevada qualidade. Trata-se, pois, de uma publicação destinada a auxiliar os educadores, de modo geral, e os professores, em particular, em seu trabalho com os alunos, assim como em suas lutas para conquistar melhores condições de trabalho e salário digno em consonância com o alto valor social da profissão que exercem.

Sistema Nacinal de Educação e Plano Nacional de Educação | Dermeval Saviani
Editora Autores Associados, 1ª edição/2014, 128 páginas

Tema central na história da educação ocidental dos dois últimos séculos, os sistemas nacionais de ensino foram sendo implantados nos principais países formando uma espécie de consenso tácito que os converteu no objeto de uma nova disciplina pedagógica: a educação comparada. No entanto, no Brasil, esse tema vem sendo objeto de variadas controvérsias, o que justifica sua análise nesta coleção Polêmicas do Nosso Tempo. Incorporando aspectos da produção do autor desenvolvida ao longo de quarenta anos em torno de questões referentes ao Sistema Nacional de Educação e ao Plano Nacional de Educação, este livro constitui-se em um valioso auxílio a todos que se encontram empenhados em se inserir ativa e criticamente no processo de preparação e realização da II Conferência Nacional de Educação (Conae-2014). Considerando que o tema central tanto da primeira como da segunda Conae articula o Sistema Nacional de Educação com o Plano Nacional de Educação, a presente obra, ao versar sobre esse momentoso tema, revela-se extremamente atual, abrindo, ao mesmo tempo, perspectivas de longo prazo, tendo em vista o objetivo de instituir em nosso país um sólido Sistema Nacional de Educação, que, operando segundo planos consistentes, se destina a assegurar uma educação qualitativamente significativa às novas gerações atuais e futuras.

A escola significativa e o professor diante do aluno | Fábio C. B. Villela e Ana Archangelo
Editora Loyola, 1ª edição/2014, 152 páginas

O livro “A Escola Significativa e o Professor Diante do Aluno” traz elementos para a compreensão da afetividade e do conhecimento do professor em relação ao aluno, bem como da comunicação e do diálogo que estabelecem no contexto de uma escola significativa para o aluno. Assim como os demais livros da coleção A escola significativa, tem como propósito fornecer as bases de uma escola possível e que supere um cenário tenso, de desinteresse e de desencanto tanto pela escola, como pelo aprendizado escolar, que tem caracterizado tão comumente as escolas de nosso país. A coleção A escola significativa oferece fundamentos teóricos e instrumentos de análise para temas que marcam o dia a dia da escola, com ênfase na escola pública e seus desafios, contribuindo para a gestão da escola e a didática em sala de aula. As soluções propostas estão pensadas com base na articulação entre três eixos: uma atitude empática em relação ao professor e às suas dificuldades, uma compreensão teórica da escola e das dificuldades apontadas pelo professor e, por fim, uma concepção pedagógica que valorize alunos, educadores e instituição escolar.

Professores que não jogaram a toalha | Ana Archangelo (organizadora)
Editora Loyola, 1ª edição/2014, 184 páginas

O livro Professores que não jogaram a toalha conta a trajetória de um grupo de professores da rede pública de ensino que se lançou no desafio de entrar em contato com alguns de seus "alunos difíceis", procurando formas de superar com eles as barreiras construídas contra o aprendizado ao longo de sua vida. Conta também como o grupo encontrou suporte em conceitos pouco difundidos pelo discurso pedagógico.

Círculos de cultura: teorias, práticas e práxis | Nima Imaculada Spigolon e Camila Brasil Gonçalves Campos (organizadoras)
Editora CRV, 1ª edição/2016, 312 páginas

Paulo Freire entendia que os Círculos de Cultura expressavam a capacidade humana de refletir sobre o mundo, sobre a posição humana no mundo e o poder dos  humanos transformarem esse mundo por meio do trabalho e do encontro dialógico. Entendo que as professoras Nima I. Spigolon e Camila B. G. Campos, foram motivadas por essas mesmas disposições quando organizaram a coletânea “Círculos de Cultura: teorias, práticas e de práxis”. Num momento em que a lógica do mercado parece recobrir todas as esferas da vida social e natural, além de transformar as práticas culturais diferentes e desiguais em mercadorias variadas para públicos diversos, me indago: Como assegurar que os Círculos de Cultura preservem seu potencial dialógico, crítico, emancipador e transformador? – Como assegurar que eles não se transformem em mais um “bem cultural”? O conceito de “educação bancária”, realçado por Paulo Freire, dialoga com o de “bem cultural”, realçado por Adorno e Horkheimer, na medida em que ambos apontam para o perigo de transformar as práticas culturais, dentre elas os Círculos de Cultura, em “mercadorias” que reificam os sujeitos e os processos sociais envolvidos. Pergunto, ainda mais: Qual é o nosso interesse em refletir hoje a respeito dos  Círculos de Cultura? Quais são as questões presentes que orientam hoje a nossa prática e o nosso entendimento sobre esses Círculos? Na atual conjuntura sóciopolítico-econômica e educativa o que caberia aos Círculos de Cultura refletir? Como não reduzí-los a uma “inovação didático pedagógica” tão em moda na visão hegemônica moderna que, contando com a técnica e a tecnologia, tudo muda para que tudo permaneça como esta? São provocações que faço a(o)s autora(e)s e leitora(e)s desta coletânea e que espero ver encaminhadas nas linhas e entrelinhas tecidas entre as teorias, as práticas e a dialética das práxis. Profa. Dra. Débora Mazza (FE/UNICAMP)

Educação das relações étnico-raciais: apontamentos críticos e a realidade da região de Sorocaba | Marcos Francisco Martins e Adriana Varani (organizadores)
EdUFSCar, 1ª edição/2015, 206 páginas

Este texto resulta de estudos, pesquisas e atividades desenvolvidas no curso Educação das relações étnico-raciais, ministrado na UFSCar-Sorocaba no primeiro semestre de 2012. Articulado por dois docentes, atendeu à demanda da comunidade negra da região e foi elaborado e ministrado junto com as lideranças dos movimentos sociais de luta pelo reconhecimento de direitos, da história e da cultura negra. Apresenta considerações sobre a história da comunidade negra, discutem-se os desafios no Brasil, especialmente em Sorocaba, enfatizando a necessidade de educar as relações étnico-raciais no ambiente escolar e não escolar.