tmarin | Atualizado em 11/12/2020 - 07:58 Notícia

Onde estão os negros?

[Jornal da Unicamp | 18 de agosto de 2017 | Texto: THAIS MARIN | Fotos: ANTONINHO PERRI | Edição de imagem: LUIS PAULO SILVA]
 

Em 2003, o historiador porto-riquenho Jerry Dávila publicou a obra “Diploma de brancura: política social e racial no Brasil (1917-1945)”, que investigou os modos como a expansão da educação pública brasileira serviram para reproduzir desigualdades raciais e legitimar, ainda que dissimuladamente, o ideário do “embranquecimento” da nação como progresso social e cultural.Seu primeiro capítulo, “O que aconteceu com os professores de cor do Rio?”, inspirou o título desta reportagem. Segundo estudo de Dávila, os professores negros do Rio de Janeiro foram, ao longo da primeira metade do século XX,ostensivamente perdendo seu espaço nas escolas. Jerry Dávila leciona História do Brasil na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

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Foram quatro anos de cursinho popular pré-vestibular antes de ingressar na Unicamp. Quando foi aprovado no curso de Ciências Sociais, em 2003, idealizava a universidade como um espaço de acolhida, mas acabou por sentir-se distante do que ela lhe apresentava. “Lembro-me de conversar com os colegas de turma no primeiro semestre do curso e ficar surpreso ao saber que eles já tinham viajado para outros países e feito intercâmbio na Alemanha ou Itália, por exemplo. Era uma realidade muito diferente da minha”, relata Silas Eduardo Souza, hoje professor de sociologia da rede estadual de São Paulo e coordenador administrativo do Cursinho Popular Herbert de Souza, o mesmo que o ajudou a ingressar na Unicamp.

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